Como resolver o superaquecimento do processador de notebook?

Segunda atualização: 13/7/2023

O problema de superaquecimento em notebooks é habitual de ser encontrado

Dissipador de calor do processador de notebook

Entrou um notebook que dava vídeo, mas reiniciava. Mesmo com todas as tensões e uma carcaça impecável, o reinício se dava antes de carregar o Windows. Um sintoma que pode ser superaquecimento.

Demorou, mas foi descoberto. O problema? O cooler e o dissipador foram mal instalados e ficou uma fresta de 3mm. O vento não passava pelas lâminas de alumínio que ajudam na dissipação do processador e da PCH (Platform Controller Hub).

Para quem não sabe, o cobre tem maior potencial de dissipação de calor que o alumínio e o cobre é quem, geralmente, fica encostado nos dois componentes acima. Obviamente, o alumínio deve estar fixado no cobre para abosorver o calor deste e o cobre absorve calor da placa.

Se você foi um aluno que concluiu o Ensino Médio, deve ter aprendido o conteúdo transferência de calor na disciplina Física. Já questinou a importância dessas matérias na "vida prática"? Eu nunca imaginei que seria útil na minha profissão.

Chega de devaneios. Continuando...

A imagem abaixo mostra um calço com papel dobrado para fazer um experimento e identificar o problema rapidamente. Em assistência técnica, assim como em outras áreas de negócios, ganhar tempo ajuda a ter mais resultados. E identificar a causa é ter 50% do problema resolvido.

Calço de papel para levantar as lâminas do alumínio

Depois disso, não reiniciou mais. Como o dissipador estava alinhado com a "boca" do exaustor do cooler, todo o volume de ar passou a ser aproveitado.

Para quem não trabalha com manutenção, essa fresta fez muita diferença. Como cada vez mais as fabricantes de notebook querem diminuir o tamanho do equipamento, por outro lado, precisam aumentar a eficiência do mesmo. E aqui entra o cooler e o dissipador. Com dissipadores menores, o cooler precisa ter maior efetividade e alguns chegam a ter 10.000 rotações por minuto (RPM). Tenha ideia de que alguns carros populares tem 3.500 RPM no motor.

A diferença é gritante.

 

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Márcio Baldo